25/6/2008 – A conferência 2008 do Council on Foundations tratou a liderança no terceiro setor como foco principal. O papel desempenhado pelas mulheres seja na resistência a regimes autoritários ou na realização de investimentos sociais privados também foi discutido no encontro.
Ainda nos discursos de abertura da Conferência, a presidente do Asian Pacific Philanthropy Consortium (APPC), Rory Tolentino destacou a ação das mulheres emigrantes que, devido aos laços que possuem com suas culturas originais, encaminham recursos para seus países.
Segundo ela, o movimento de emigração de mulheres aumenta a cada ano. Atento a este movimento, o Relatório 2006 do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) sobre o estado da população mundial teve como tema Uma Passagem para a Esperança: Mulheres e Imigração Internacional.
O estudo revela que o número de mulheres imigrantes no mundo é de 95 milhões, quase metade das pessoas que deixam seus países de origem. Além disso, o peso desta migração começa a ser sentido na economia internacional. Segundo o relatório, as emigrantes enviam milhares de dólares para seus familiares e comunidades natais. Por exemplo, dos 1 bilhão de dólares recebidos pelo Sri Lanka, em 1999, mais da metade (62%) tinha origem nas remessas realizadas por mulheres.
O documento ressalva que em termos quantitativos, os homens são os maiores doadores. Porém, as mulheres enviam maior parte de seus ganhos. Nos países asiáticos em desenvolvimento (campeões nos números de diaspora giving), a característica é ainda mais marcante. Rory aponta que a maioria dos recursos remetidos a estes países vem migrantes do sexo feminino.
Posicionamento político
O Van Leer Lecture Series foi outro evento da conferência que discutiu as ações femininas. No encontro, a professora da John’s Hopkins University School of Advanced Studies (SAIS), Azar Nafisi compartilhou suas experiências em filantropia internacional.
Além disso, Azar falou sobre os direitos das mulheres no Irã, seu país de origem, e discutiu o best-seller Lendo Lolita em Teerã. O livro conta a experiência de Azar como professora de literatura na Free Islamic University e na Allameh Tabatabai University, antes de deixar o país em 1997.
A professora também ensinava na Tehran University, mas foi expulsa em 1981, quando não se submeteu ao uso obrigatório do véu. Estas restrições, observa Azar, embora objetivamente restrinjam a liberdade das iranianas têm efeito subjetivo contrário e as encorajam a exigir liberdades individuais.
Segundo ela, o conhecimento é a maior arma contra governos autoritários. Azar ainda ressaltou a importância de apoiar movimentos de base e não políticos, ao acreditar que as pessoas têm o poder para influenciar e instituir mudanças.
Criado em 2005, o Van Leer Lecture Series é um evento promovido pela Fundação Van Leer nas conferências do Council on Foundations. A cada ano um palestrante é convidado para compartilhar sua perspectiva sobre movimentos e ações sociais com os participantes do encontro.
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sexta-feira, 4 de junho de 2010
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